quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Pois é...

...coisas ruins nunca vêm sozinhas. Nunca!
Mas é bom acreditar que elas vêm por alguma razão, e que quando a tal da tormenta passar a bonança vai ter um significado muito maior. Os dias de sol são muito mais divertidos depois de uma semana cheia de chuva!

=)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Y M C A!!!

http://people.monstersandcritics.com/news/article_1379038.php/Paris_Hiltons_cocaine_parents


“Paris Hilton's parents allegedly once snorted cocaine off a floor with The Village People's cowboy Randy Jones”

Ou 'seje':

“Pais de Paris Hilton supostamente cheiraram cocaína do chão com o cowboy do Village People Randy Jones”

Vamos por partes. Em primeiro lugar, “Pais de Paris Hilton cheiraram cocaína” explica um bocado sobre a filha que eles tiveram.

Mas vá lá, os caras podem ter curtido só uma vez.

E é aí que está o problema. Cara, se você vai cheirar cocaína uma vez só na vida, tinha que ser "do chão"? Custava pegar o tóchico e enfileirar na mesa, no RG, numa superfície qualquer, como qualquer viciado normal?

Parece que custava. Detalhe: o fato teria ocorrido no carpete do Studio 54, clube nova-iorquino dos anos 70 onde valia tudo.

(Até cheirar coca do chão).

O carpete do Studio 54 devia ser uma verdadeira nojeira. Daqueles que, espirrado com aquelas químicas do “CSI”, ia parecer um estampado de oncinha das lojas do Cintia Center na XV. Imagina a quantidade de substâncias não exatamente estimulantes que os magrão aspiraram...

Aí, quando você pensa “tudo bem, os caras estavam na fissura” ou qualquer coisa do tipo, você chega à parte final: “com o cowboy do Village People”.

(Ou seja, no Studio 54 valia até cheirar coca do chão com o cowboy do Village People).

Quem descreveu esta bomba para a imprensa?

O próprio cowboy!

E chegamos à essência da questão aqui: dá para acreditar numa história contada por um cara que ganha a vida cantando hits gays vestido de cowboy?

Dá!!!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O Diabo Veste Sapatilhas

Se tem algum medo maior que o meu medo de barata, é meu medo de dona Dora! Garanto que nessa foto ela tá pronta pra dar um tapão na menininha e gritar: "Levanta a cabeça, levanta a cabeça! É bailarina ou lavadeira? Pede pra sair, pede pra sair!" (Com certeza o capitão Nascimento teve aulas de ballet com a ela).

terça-feira, 20 de novembro de 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A la Milan Kundera

O ciúme não é um traço de caráter muito simpático, mas se tomamos cuidado para não abusar dele (se vem acompanhado de recato), ele tem, apesar de todos os inconvenientes, qualquer coisa de comovente. Pelo menos ele pensava assim.

Conheciam-se há um ano, mas ela ainda conseguia enrubescer na frente dele e ele gostava muito dos seus momentos de pudor (primeiro, porque isso a diferenciava das mulheres que conhecera antes dela, e segundo, porque conhecia a lei da universal fugacidade que lhe tornava precioso até mesmo o pudor de sua amada).

Ela sempre enrubescia por antecipação diante da idéia que iria enrubescer. Muitas vezes desejava sentir-se livre, despreocupada, a vontade em seu próprio corpo, como sabia que era a maioria das mulheres com quem convivia.

Essa angústia, ela sentia até mesmo ao lado do rapaz; ela o conhecia a um ano e estava feliz, sem dúvida porque ele nunca distinguia entre seu corpo e sua alma, de maneira que, com ele, podia viver corpo e alma. A felicidade vinha dessa ausência de dualidade, mas, a desconfiança vive perto da felicidade. Pelo menos ela pensava assim.

E nesse afluxo de felicidade melancólica ele compreendia que era amado como nunca. Evidentemente, muitas mulheres já lhe haviam dado provas tangíveis de seus sentimentos, mas, no momento, ele se restringia a uma fria lucidez: será que tinha sido sempre amor? será que não sucumbira algumas vezes a ilusões? não lhe acontecia imaginar mais do que a própria realidade? Tudo ficou bem pálido após os pensamentos e por não ser consciente de tudo isso, não se achava responsável pelos fatos e pensamentos.

Se fossemos responsáveis apenas pelas coisas de que somos conscientes, os imbecis seriam absolvidos antecipadamente de todos as faltas. Acontece que o homem é obrigado a saber. O homem é responsável pela própria ignorância e a ignorância é uma falta.

Ele contemplou aquele rosto terno e acariciou-lhe. Sentiu por ela um amor sem limites e ficou um longo momento sem poder tirar os olhos dela. Pela primeira vez, desde que conhecera a namorada, tentava observá-la com olho crítico, e enquanto ela falava (felizmente ela não parava de falar um segundo, e a ansiedade do rapaz passava desapercebida), descobriu em sua beleza vários pequenos defeitos; ficou perturbado, mas logo se tranqüilizou com a idéia de que esses pequenos defeitos tornavam sua beleza mais interessante, que era justamente por causa desses defeitos que todo o seu ser lhe era tão próximo e familiar.

Pois o rapaz gostava muito da namorada. Mas, se gostava tanto dela, por que cedera à idéia, tão humilhante para ela, de examiná-la com olho crítico? O rapaz não sabia realmente o que devia pensar da namorada, era de fato, incapaz de avaliar seu encanto e beleza.

Ela apenas levantou os olhos para o rapaz e constatou que ele era exatamente como imaginava. Ela podia esquecer de si mesma e entregar-se a ele. Ou não. Já que a desconfiança ficava perto da perfeição. O olhar que ele à lançava significava apenas uma coisa, que estava pensando em outra. Pelo menos ela pensava assim.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Gente que não irrita

Eu admito que muitas coisas me irritam. Muita gente me irrita. Quase tudo que respira me irrita. Se respirar fazendo barulho então! Me irrita loucamente.

Mas para me redimir, e ir pro céu quando morrer, eu juro aqui que gosto de gente! Muitas gentes, até!

Eu gosto de gente que canta alto sem perceber quando está com fones de ouvido. E na rua. Eu gosto de gente que sorri para grávidas. Eu gosto de gente que derruba coisas sem querer. Eu gosto de gente que ri das minhas piadas sem graça.

Eu gosto de gente que gosta de cozinhar mesmo que eu não goste. Eu gosto de gente que para no meio da rua e de debruça em algum muro para cheirar uma flor. Eu gosto de gente que disfarça quando dá uma ajeitadinha no cabelo no espelho do elevador ou no reflexo dos vidros dos carros parados.

Eu gosto de gente que tem teorias. Pode ser sobre qualquer coisa, não faço muita questão. Eu gosto de gente que usa gírias ou expressões totalmente deslocadas (eu disse des-lo-ca-das, e não des-co-la-das) como "fogo na roupa", "serelepe" e "fanfarrão".

Eu gosto de gente que conta histórias nas quais não se dão bem no final. Eu gosto de gente que cita um documentário do Discovery e Padrinhos Mágicos na mesma conversa.

Eu gosto de gente que anda olhando para trás e acaba batendo no vidro. De gente que usa camiseta de bandas legais. De gente com sotaque. Eu gosto de gente que observa em silêncio e ri alto. Eu gosto de gente que olha para o céu quando passa um avião.

Eu gosto de gente que se maravilha. Eu gosto de gente que anda na rua cantando. Eu gosto de gente que faz comida para mim. Eu gosto de gente que gosta de bebês. Eu gosto de gente que toma café e chá. Eu gosto de gente que se esquece, se lembra e ri sozinha, tudo isso em silêncio.

Viram? Eu gosto de gente!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mãe, terminei!!!

Começo pedindo desculpas ao texto escatológico que seguirá. Mas todo mundo faz número um e número dois. Eu faço. Você faz. O Gael Garcia Bernal faz. O papa faz. Até a Audrey Hepburn fazia, se bem que eu tenho minhas dúvidas quanto a isso.

Agora que estabelecemos que trata-se de algo normal do ser humano, venho aqui expor uma dúvida que me assola há tempos. Não, não é se as pessoas costumam descer as calças até o chão ou se descem apenas até os joelhos. Porque isso já discuti com meus colegas e chegamos a conclusão que meninos descem toda a calça e meninas só até os joelhos.

Na verdade, a dúvida são as dúvidas. Duas.

A primeira é sobre a denominação propriamente dita. Quando a gente é criança, falamos “xixi” e “cocô” e está tudo certo. Mas e quando a gente cresce? Fica estranho um cidadão gente grande dizendo “xixi” e “cocô”, não fica?

Há também os termos mais técnicos, “fezes” e “urina”. Só que esses são os piores, a não ser que você esteja conversando com o seu médico. Aí sim eu concordo que usá-los seja o mais correto. Apesar que tenho certa implicância com termos técnicos, pênis e vagina por exemplo. As piores palavras para denominar o que quer que seja! Pior que isso, só mãe falando "transar". Horrível!

Daí temos por fim as palavras populares, “merda” e “mijo”. Mas elas são muito chulas. Eu imagino um homem bombadão dizendo isso. Acho terrível.

Enfim, fica aí pra gente pensar sério nesse assunto importantíssimo!

A outra questão é sobre as propagandas de iogurte ou qualquer outro produto para evacuação. Devia ter uma censura para isso como tinha para propagandas de cigarro. Passar só após às 3 da manhã! Que coisa mais incômoda! Você fazendo o estilo tranqüilo assistindo televisão e ter que escutar o depoimento de uma jovem sobre as maravilhas de... fazer cocô!

Espécie de auto ajuda? Alguém realmente pode ser mais feliz, alegre e saltitante depois que passa a fazer cocô regularmente? Melhorar a vida toda só alí, no troninho? Não sei, não.

Desculpa mulheres do meu Brasil que sofrem de intestino constipado, mas cagar não faz ninguém mais feliz. O que é uma merda, né?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

PARABÉNS!!!


Parabéns Sarah Bernhardt!!! Toda felicidade deste e do outro mundo pra ela!! Ipi, ipi, urra!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Valeu Gisele!!!

O capitalismo é uma merda mesmo, heim! Pelo jeito o vômito de baleia, o ânus de castor e todas essas coisas 'maravilindas' estão em alta. Eu já reclamei uma vez que não queria vender minha pele pra um chinês doidão fazer abajour, pra conseguir comprar um creme e ter a pele bonita, agora vou ter que escolher ficar fedendo a ter que vender um rim pra comprar um perfume!

Pelo menos dessa vez a Gisele Bündchen foi mais legal comigo. Depois de virar garota propaganda da Colcci, as calças jeans aumentaram em mil por certo o preço, o que significa, ter que vender as pernas pra comprar uma. Como as minhas pernas são curtas e não renderiam muito dinheiro...

Mas agora a Gisele é garota propaganda do novo perfume da Cacharel! O que eu tenho a ver com isso? Nada! Na verdade, quase nada. Com toda a publicidade em cima da Gigi e do novo perfume, o velho perfume da Cacharel entra em promoção! E é aí que eu entro, comprando a minha parte de abdômen de veado almiscareiro desse mundão!

É... o mundo fútil das compras exige muitas analises, vendas, compras, vômito, ânus e acompanhamento publicitário... e da vida da Gisele Bündchen. A bonitona recomenda, nós mortais seguimos o outro caminho. Nada pessoal. Até porque, bonita e rica assim ela até deve saber o que é bom.

Claro que todo mundo comete erros, porque, convenhamos miguxa, namorar o Leonardo di Caprio? Não é algo de quem sabe o que é bom. Mas tudo bem, esses erros compensam toda a beleza, já que ela nem tem cara de ter chulé, roncar, ter bruxismo, mau hálito ou flatulência, o que também compensaria.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Labirinto do Fauno

Sempre fui viciada em todos os tipos de contos de fadas e histórias fantasiosas. Fã número um das bruxas e fadas. Não as princesas, sempre chatas, mas as bruxas, quanto mais malvadas melhor! E as fadas, não as com varinha de condão, mas as protetoras da natureza que "são muito pequenas pra terem dois sentimentos dentro de si ao mesmo tempo", ou são boas ou podem ser muito más.
Independente das preferências, sempre lí, ví e ouvi todos os contos de fada milhões e milhões de vezes! O que me encanta não é o final feliz muito menos a moral. O mais incrível era a magia, a forma fantasiosa de entrar e sair das situações, criar e resolver os problemas.
Hoje ví O Labirinto do Fauno. É o filme mais triste que eu já ví! Ainda mais pra mim, que tive toda a vida contaminada por contos de fadas. Não no sentido de fábula infantil com moral, mas no amplo sentido da narrativa imaginada e fantasiosa; a imaginação e a fantasia são essenciais na vida.
O filme é graficamente lindo, é sádico, é cruel, é assustador... Sem ser chato por nem um minuto, combina tudo isso com a guerra civil espanhola.
Pior que as cenas violentas do pós guerra mostrada 'perpendicularmente' à fábula do fauno e todos os outros seres mágicos, é a verdadeira moral que o filme traz: a declaração quase insuportável que que imaginação e realidade estão divididos por uma muralha intransponível. Uma moral difícil de ser aceita, mas mostrada de uma maneira incrivelmente linda! Vale muito a pena!


BUU!!
(olha o saquinho de leite!)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

E viveram injustiçados para sempre...

Se tem algo que é realmente injusto é... a injustiça! E a maioria das vezes ela passa desapercebida pelos nossos olhos e nossas mentes controladas pelo sistema! Costumamos não ir atrás dos fatos verídicos e analisa-los como deveria ser feito. Acabamos acreditando na primeira coisa que vemos na tv, lemos ou ouvimos. Grande injustiças acontecem por isso!

Vejam a madrasta da Cinderela. Tida como megera e malvada, que fazia a pobre enteada sofrida e órfã trabalhar como escrava sem ir às festinhas da comunidade. Mas garanto que ninguém perguntou pra Dona Madrasta como era a adolescente Cinderela! A mãe de duas filhas, com uma enteada pra cuidar, recém perdeu o marido! Só queria que a adolescente revoltada parasse de ouvir KLB no quarto e ajudasse na limpeza. Não cumpriu com as obrigações, não vai pra festinha! Crianças precisam de limites, minha gente! Até porque, sabem como são essas festinhas hoje em dia!


O Lobo Mau, já vem com a alcunha de Mau, coitado! Fica difícil até arrumar emprego com um nome desses, mas ninguém dá importância! E a Chapeuzinho Vermelho e sua vovózinha que são as inocente? Por favor! Que avó em sã consciência manda a neta se embrenhar na floresta, minha gente! Velha caduca! E a menininha? No meio da floresta, de vestidinho curto, saltitando por aí? Rá! Conheço essas ninfetinhas! História muito mal contada essa de que o lobo queria comer a chapeuzinho sem consentimento. Tá me cheirando a prostituição, e a velha caduca? Cafetina!

O pobre Lobo Mau ainda é julgado com a história dos Três Porquinhos. E se a Velha Cafetina gerenciava os suínos também? Vai saber dos gostos sexuais desse povo de Faz-de-Conta! O Serguei come árvores e todo mundo acha engraçadinho, agora o Lobo não pode nem investir nuns porquinhos? Tá, pode não ser certo, mas menas né minha gente! Lobo Mau é exagero, vamos mudar para: "Lobo Não Tão Bom, com problemas de cunho sexual, mas em tratamento psiquiátrico".


E a Bruxa do João e Maria. Grande injustiça com a pobre senhorinha! A coitada mora sozinha a muitos anos, sua única alegria é fazer doces e construir casas com eles! Cada um, cada um, né. De tempos em tempos um caçador passa pela área, faz uns agrados, fuma um cigarrinho e vai embora. Não é fácil essa vida. Aí João e Maria passeando no bosque, o que já é bem suspeito,
atacam a casa da senhorinha comendo uma janela inteira? Dois maconheiros! Fumando um no bosque, bate a larica e acham que podem sair por aí, comendo a casa alheia e ainda sair como vítima? Garanto que engoliram a ponta quando chegou a polícia pra ferrar a Dona Bruxa.

A Malévola da Bela Adormecida também não teve seus méritos reconhecidos. A garota já tinha completado 16 anos, não queria nada da vida. Por ser filha de reis, levava o nome de princesa muito literalmente. A Malévola, com toda boa intenção que ensinar corte e costura pra folgada e qual é a retribuição? A mimada resolve dormir até arrumar um macho otário pra casar que vai sustentar a vida de dondoca que ela quer! E a dona Malévola é que tá errada?

É minha gente... onde esse mundo vai parar?

Ôôô larica!!!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pela toca do coelho!

Naquele entardecer dourado
O rio descemos
No barco desequilibrado,
Vão frouxos os remos.
A ternura é de mais... mas cuidado:
A direção é de menos.

Ah! Três cruéis, naquela hora
De sonho que envolvia,
Querendo um conto, mesmo embora
Lhe faltasse magia.
Perante a criança que implora,
O que Homero faria?

Imperiosa, manda a Prima:
"Vamos logo, começa!"
Mais gentil Secunda opina:
"Sê sem pé nem cabeça!"
Tertia é menos repentina
Mas se mete na peça.

Atentas, então, silenciosas
Ouvem, com delícia,
As aventuras maravilhosas
Da menina fictícia
Que fala com bichos ou rosas,
Dando trela à notícia.

E quando, da imaginação,
Chegava o poço ao fim
Pressentindo minha intenção
De protelar o festim,
"Agora mais, mais tarde não!",
Bradavam pra mim.

E assim nossa história crescia
Como cresce uma família:
Um conto do outro surgia
No país da maravilha.
"Para casa!", que o sol já descia,
P'ra casa aponta a quilha.

Alice, que a fábula conte
Teu roteiro gigante

Como um sonho, ou o horizonte
Registrado no instante.
Que seja coroada tua fronte
Numa terra distante.


Desde que eu ganhei o livro da minha mãe (ontem), eu não paro de ler um segundo Alice no País das Maravilhas. O livro se junta aos outros quatro livros que eu estou tentando ler no momento, ao mesmo tempo (e sim, ainda não terminei Cem Anos de Solidão). Mas e a cada vez que se lê o Alice fica melhor, e melhor, e melhor...

Pedófilo ou não, Lewis Carrol escreveu uma obra de arte! Um dos livros infantis mais conhecidos, tem pouca coisa de infantil, "fantasias lúdicas sobre a realidade e a linguagem" explora a ausência de sentido e a simbolização. Através de uma historinha fantasiosa, oculta questionamentos de várias espécies, lógicos ou semânticos, problemas psicológicos de identidade e até políticos.

A paixão de Lewis Carrol, além das menininhas de pouca idade e fotografia, era a matemática, a lógica e a linguagem. Daí todas as questões do livro e as brincadeiras com as sentenças completamente sem sentido mas com a gramática correta! Vale a pena ler, pelo menos algumas partes, da obra em inglês pra perceber essa ciência divertida do discurso do autor.

A verdadeira Alice era uma menininha de 10 anos, por quem, dizem os boatos, Lewis tinha uma paixão secreta. A história, que a princípio foi chamada de As Aventuras de Alice no Subterrâneo, foi criada durante um passeio do autor com Alice e suas duas irmãs, pra entreter as garotas. E olhem no que deu... Sucesso mundial!!

É uma pena pensar que um mestre da literatura, matemática, física, e o que quer mais que seja, tivesse uma coleção de fotografias de meninas seminuas e todas essas lendas de pedofilia ao seu redor! Fico sendo só fã da obra, da Alice e do rato Dodô (que é um dos meu personagens preferidos).

A versão que eu ganhei, apesar de ter o texto integral e original, é uma bem simples, daquelas pocket, mas assim que eu convencer a mãe a me dar a versão ilustrada e comentada de aniversário, eu posto mais sobre o que eu aprender sobre a Alice!! OBA!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Julinho da Adelaide

Historicamente, Chico Buarque começou a escrever suas letras no momento em que o discurso poético brasileiro denegava o Concretismo e rejeitava a violência dogmática do regime militar.

Posso aqui dividir sua obra da época da ditadura em duas etapas. No começo da ditadura militar é marcada por composições "nostálgicas" na busca por um tempo de paz e liberdade (ex.: A Banda, de 1966 e Noite dos Mascarados, do mesmo ano) onde a festa e a alegria substituem a tristeza da vida sofrida. Já numa segunda fase, a partir da década de 70, quando a repressão e a censura se acirrava, revelou-se um maior senso crítico do artista, cuja preocupação passou a ser a compreensão do dia a dia daqueles que considerava excluídos (ex.: Construção, no qual relata a difícil vida de um operário que se deixar de existir não fará falta à sociedade).

Acaba assim por criar, mesmo no início da ditadura militar, um conceito novo de "brasilidade", aproximando o país das pessoas e essas do engajamento político. Uma brasilidade distinta daquela das músicas como Aquarela do Brasil de Ary Barroso. Não se tratava mais de cantar as belezas naturais e humanas do país, mas tentar representar o Brasil de modo realista, quase antropológico.

A peça Roda Viva, de 1968, foi o grande marco dessa mudança de visão do poeta. Denunciava a opressão imposta pelo regime militar. Regime que representava o fim da liberdade de expressão.

Roda Viva, conforme o dicionário é "movimento incessante, corrupio, cortado; confusão, barulho. E a letra fala sobre ações frustradas pela Roda Viva. Fala sobre o vendaval que arrebata a voz, o destino das pessoas e a capacidade de se exprimir artisticamente seus sofrimentos. Arrebata-lhes ainda a viola ("a gente toma a iniciativa/ viola na rua a cantar/ mas eis que chega a Roda Viva/ e carrega a viola pra lá"). Também arrebata a roseira há tanto cultivada ("faz tempo que a gente cultiva/ a mais linda roseira que há") e que não teve tempo de exibir tudo o que prometia.

Os movimentos descritos na letra são de trabalho em curso e de sucessiva frustração. Isso descreve muito a experiência brasileira, tanto no ponto de vista social e político como do ponto de vista cultural e artístico. Mas o ambiente de tanto mal estar foi filtrado por Chico Buarque com muita cautela pois era preciso despistar a censura, daí a profusão de rodas e versos encantatórios.

Após Roda Viva, o artista ainda realizou outros trabalhos teatrais como Calabar, o elogio da traição, de 1973 e censurado na época, Fazendo Modelo de 1974, Gota D'água de 1975 (que é linda, linda, linda mesmo) e a Ópera do Malandro em 1978 (minha preferida!!!).


Enfim, seja como canção de protesto, reflexo da sociedade, canção popular, usada para análise ou peças de teatro, as obras de Chico Buarque estão, e sempre estarão, presentes na história do povo brasileiro.

(...) "Nem toda loucura é genial,
Como nem toda lucidez é velha."

Francisco Buarque de Holanda


Fazer trabalho sobre o Chico Buarque, não tem preço!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Entre sapos, emos e heróis

Lembro direitinho do dia que descobri que Papai Noel não existia! De nada adiantava um bom comportamento durante o ano todo, de nada adiantava ser uma boa menina. Lembro de estar sentada no colo do pai chorando por horas, com medo de que o Natal na casa da vó nunca mais fosse bom!

Também lembro quando me dei conta que quem eu imaginava ser um príncipe encantado estava muito mais pra sapo nojento que cavalgando em cavalo branco! Achei que era o fim do meu conto de fadas, com final feliz para sempre!

E o pior! Quando descobri que o Jared Leto, tão lindo, tem uma banda meio emo e muito ruim!!!


Não é fácil saber que os nossos heróis não existem. Ou pior, que são seres humanos, com direito a atitudes humanas e erros humanos. Que de uma hora pra outra passam de heróis a vilões ou nem tanto, mas de heróis a... seres humanos!

Hoje eu não me importo que o Papai Noel não exista! Sei que o Natal vai ser sempre bom com muita comida, muita risada e muita bebida com as primas! E nem se príncipes não existem. Entre tantos sapos, hoje tenho um pingüim!! Que é de verdade e me faz 'feliz para sempre' bem do jeitinho que eu sempre quis!

A gente sempre aprende com isso e vê que não precisa de nenhum super herói pra ser feliz! Que por mais que uma pessoa seja um exemplo desde a primeira infância, que esteja presente em todos os tombos, choros e apresentações de ballet, que seja grande, forte e capaz de levantar bem alto pra brincar ou bem firme pra dormir, e... Bom, chega uma hora que eu consigo levantar sozinha quando caio de bicicleta, não me apresento mais no ballet e consigo dormir sozinha no quarto.


Enfim, a gente supera todas essas "decepções". Agora, Jared Leto emo? É complicado superar!


Pô Jared!! Assim não, né!!


"Querido pai: perguntaste-me certa vez por que motivo afirmava que te temia. Como de hábito, não soube a que te responder, em parte pelo temor que me infundes, e em parte porque os pormenores que contribuem ao fundamento deste temor são em demasia para que os possa manter reunidos...
... com freqüência surpreendente tinhas na realidade razão contra mim. Na conversação era natural, pois quase nunca se tornava possível o diálogo, mas também as tinha na realidade. (...); eu estava em todos os meus pensamentos sob tua poderosa pressão, inclusive também naqueles que não concordavam com os teus, e especialmente nestes. Todas as idéias, na aparência independentes de ti, desde o princípio tinham o peso da tua opinião decisiva; mantê-las até o completo desenvolvimento e persistente era de fato impossível."
Frans Kafka (Carta a Meu Pai)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Exercício da Alma

Segundo Sopro - Ballet Teatro Guíra (Perfeito! O ballet mais lindo que eu já ví!!)
"A verdadeira dança deve ser uma pintura viva do drama, do caráter e dos costumes do gênero humano; deve ser representada de forma tão tocante como se fosse uma declamação, de modo que, pelos olhos, possa falar à alma."
Hasbel

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Bom dia, por quê, idiota?

Nunca senti tanta dor de cabeça na minha vida! Essa é a maior dor que eu já senti, depois da cólica que eu to sentindo também, mal consigo ficar em pé! Acho que vou morrer hoje!!

Por que diabos a internet tá tão lerda assim? Só acontece comigo mesmo! E que maldito vírus é esse que não me deixa fazer trabalho!! Mas também, que bosta de trabalho de celular! Vou mandar aquele professor tomar no meio do cu mesmo! Não vou entregar porra nenhuma!

Ai meu Deus! Por que ele não atende? Onde ele tá, e pior, com quem ele tá!! Eu sei que tá acontecendo alguma coisa, não é coisa da minha cabeça! Ele tá muito estranho! Alguma coisa aconteceu, devo ter feito alguma coisa errada! Burra!! Quem vai gostar de ti desse jeito, sua monga! Ninguém me ama mesmo!

Será que São Pedro não vai decidir em que temperatura quer deixar o dia de uma vez? Puta que pariu! Se eu sair de manga curta com calor e voltar pra casa com frio mais uma vez eu juro que mato a primeira pessoa que ver na frente! Aliás, eu mato qualquer pessoa que ver na frente independente da temperatura! Odeio pessoas felizes... odeio pessoas!


Porra de aparelho que só não funciona com os meus dvds! Isso! Trava!! Nem quero ver o filme mesmo! Não me importo de ver um take a cada 5 minutos! Vou mandar tudo pra casa do caralho mesmo!!


Esse gago idiota não vai parar de falar nunca! O que adianta ser phd e lerolero se fala cuspindo e não da pra entender nada? Santa paciência! Essas informações não deviam ter sido dadas antes de pedir pra entregar a proposta? Não adianta nada agora! Bando de professor abobado! Queimem todos!! Não vou ficar pra segunda aula nem fudendo!

Eu to muito triste hoje... Nunca me senti assim! To triste mesmo, sabe? Bem no fundo da alma assim? Tenho certeza que nunca vou ser feliz! Nada, mas absolutamente nada que eu faço é bom ou dá certo! Eu sou o pior ser humano que existe! Eu to sofrendo minha gente, sério mesmo! Não tenho futuro nenhum! Vou morrer pobre, solteira, sozinha e gorda!

Já falei da minha dor de cabeça?



Minha TPM é mais ou menos assim... só que pior! Bem pior!


P.S. Pra quem interessar possa, a proposta de TCC minha e do Rafa foi pré aprovada hoje! =D

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Último dia

Se hoje fosse seu último dia, seria bom não falar para a sua mamãe que ela nem cozinha bem pra ter tanta panela, mas sim que o almoço estava ótimo. Se hoje fosse seu último dia, seria melhor usar o tênis confortável do que o sapato apertado. Se hoje fosse seu último dia, seria bom almoçar lasanha, e não miojo de galinha caipira!

Se hoje fosse seu último dia, que tal não bater boca com o irmão por causa do atraso de manhã? Que tal dar risada com ele, um beijinho e dizer que é o melhor mano do mundo? Também seria bom chamar os amigos para jantar, em vez de ficar sozinha comendo resto de ontem – e servir pizza na louça chique que passou anos no armário. Porque, se hoje fosse seu último dia, seria melhor passá-lo em grande estilo.

Se hoje fosse seu último dia, então, a melhor opção seria usar de uma vez a roupa cara para ir na faculdade. E daí que custou os olhos da cara e vai sujar de marker?

Se hoje fosse seu último dia, tu ia preferir terminar o trabalho do Pedroso ou inventar algo e não ir pra aula só para caminhar no bosque do papa? Se hoje fosse seu último dia, aposto um pila que tentaria ligar para todos os que te importam para dizer “e aí, cabeção... eu te amo, tu sabe, não sabe?”.

Se hoje fosse seu último dia, não haveria tempo suficiente para aparar todas as pontas soltas da vida. Nem para selecionar quem fica com os dvds e quem fica com o Pimpo. Mas se hoje não for seu último dia... Todas as tentativas valerão.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

"Ama-me Alfredo, tanto quanto eu te amo..."

La Traviata!!! Algo como: a puta, a vagaba, a rampera, a chinoca...
Nunca achei que ia gostar tanto de uma ópera!! Nunca tinha ido (a não ser na Ópera do Malandro) e tinha aquela imagem de desenho animado que era um monte de gordões cantando músicas chatas e que davam vontade de dormir. Mas não!!! É lindo, divertido, emocionante...
As músicas do Verdi eu já conhecia do ballet, A Dama das Camélias eu já conhecia por causa da Sarah Bernardt, mas os dois juntos numa ópera é ainda mais legal!
Créditos especiais pro Títchero (em italiano) e a Ana Pola que foram comigo, pro carinha da orquestra que comia bolacha enquanto tocava, pra velhinha Oompa Loompa cantora e principalmente pra minha mãe com bons contatos que consegue ingresso de graça!!! Algo como: grátis, na faixa, no vascão, na parceria...



Agora eu tenho dois anjinhos bem lindos de asas rosa com paetês e purpurina cuidando de mim!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

O Homem Elefante

Acabei de ver O Homem Elefante do David Lynch. Maravilhoso!!! Não sei se eu gostei tanto pelo fato do filme ser lindo, bem feito e de fazer chorar ou se foi pelo fato de ser o primeiro filme do David Lynch que eu entendo na primeira vez que vejo, sem ter que repetir umas 3 vezes ou ler a respeito em umas 15 fontes diferentes (tá... menas!!). O "clichesismo" da moral da história acaba passando desapercebido pela beleza com que é contada! A parte que o John recita Romeu e Julieta com a atriz é pra chorar mesmo, e não só porque eu sou chorona (é, talvez um pouco seja por isso...)! Mas enfim, O Homem Elefante faz jus ao posto 52 da lista dos 100 melhores filmes da Bravo! e vale a pena!! Até o Anthony Hopkins que eu sempre via como o médico comedor de gente do Silencio dos Inocentes eu passo a ver a partir de agora médico gente boa sangue bom de O Homem Elefante.
Aliás, se alguém achar o DVD pra vender me avise que eu quero comprar.

Mudando de assunto...
Como é bom se sentir bem!!! Como é bom não ter o braço tremendo!!! Como é bom dormir!!! Como é bom só chorar vendo filme (ou a Oprah)!!! Como é bom... bolo de fubá com chá de jasmim na caneca laranja =D!!! (Rá! Não resisti a fazer a carinha colorida!)

Ouvindo: Namomorarado da Viúva - Jorge Ben Jor

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

199,00

JUM NAKAO - AR DE PARIS - parte 10

Errata

Tenho que me redimir!
Já conversei sobre isso com várias pessoas e até já tinha escrito sobre o assunto no falecido fotolog. Sempre afirmei que não havia mais lugar pra arte hoje em dia, pelo menos não arte abstrata sem ser pelo belo e muito menos contestadora! Que não há mais arte de vanguarda e que até a Arte Pop crítica feita hoje não me faz lá muito sentido. Mas o que eu posso dizer então depois de REVOLVER?
"... o grupo formado pelos artistas Julio Dojcsar, Jum Nakao e Kiko Araujo realizou uma performance na passarela do São Paulo Fashion Week, na qual roupas extremamente elaboradas em papel vegetal, desfiladas pelas modelos, foram por elas rasgadas e destruídas em cena, inutilizando meia tonelada de papel e mais de 700 horas de trabalho. (...) Nas fronteiras entre a arte e moda, eles propõem trabalhos que envolvem cada vez mais o espectador, bem à moda da Oiticica. A instalação REVOLVER trata, por meio da metáfora da urbanidade e do gigantismo, da presença destrutiva do consumo na sociedade urbana contemporânea."
Das passarelas para um museu de arte!! Se, de um lado, o que se espera da moda é que ela seja altamente consumível, a ponto de cair no gosto popular e atingir as massas, da arte o que se espera é que, de certa forma, ela provoque sensações. Estranhamento, encantamento, incômodo! Espera-se que a arte não deixe que passemos impunes por aquilo que estamos vendo ou daquilo que estamos participando.
Do museu de arte para supermercado!! Uma metáfora do excesso na sociedade contemporânea. Coloca em risco o estatuto de museu, o da moda e o da própria arte, pelas vias do consumo e da banalização pela repetição e pelo excesso.
Das passarelas, pra arte, pras ruas! A moda, a arte e o consumo! Se isso não é uma verdadeira Arte crítica, nem Andy Warhol era!

Fico muito feliz em ter sido contrariada! Ver e entender REVOLVER me faz acreditar que a arte ainda está viva fora dos livros de história e fora das galerias! E que (graças a Deus) não precisamos de Romeros Brittos!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Gente divertida sem muitas coisas importantes para fazer: http://www.meiobit.com/jogos_do_atari_em_stop_motion

Relatório do Polaco feito! É engraçado terminar trabalhos antes da madrugada. Me sinto muito ágil, estudiosa, competente, inteligente... bonitona, independente, feminina, moderna e que sabe o que quer!! (a Kelly sabe mesmo como escolher um publico alvo!)

E se aproxima o esperado e temido TCC!!! Agora é a hora de por em prática todos os importantes conhecimentos adquiridos em Teoria da Cor, Teoria da Forma, Cálculo...
Ficamos por mais de 4 anos fazendo produtos incríveis! Porta Lápis feito pelas velhas cegas do Morro do Canta Galo, panela inspirada em pingüins, broche pra velhas, agenda pra lésbicas, MP3 pra religiosos (não é brincadeira! Juro!)...
E agora dentre tantas oportunidades, tantos temas, decidir uma coisa só!! E se tem algo que me irrita mais que o palhaço mímico da Rua XV, é ter que decidir alguma coisa importante assim.
A dica dos professores: pensem em coisas que vocês gostem e achem oportunidades com elas. Não adianta... vibrador com formato de garrafa de cerveja já foi escolhido e seda com sabor azeitona não me pareceu muito comercial.
Mas agora o tema está escolhido e tem mais de um ano com muitas decisões importantes pela frente!! E pensando assim, começo até a sentir um certo carinho pelo palhaço mímico da Rua XV!

Mimimi

Blog novo, de novo!
Só pra ter mais uma coisa inútil pra fazer quando precisar de uma desculpa pra mim mesma pra não fazer algo útil que deve ser feito.

Explicando que "conclusion estupida" é por causa da tirinha da Mafalda e da Libertad...


... e "barrococó figurativo neo-expressionista" é da música Bienal do Zeca Baleiro com o Zé Ramalho...

"Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta

Teu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
Ao cabo da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da gia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"

Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno

Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Basquiá
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina

Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria"



Mas não que tenha sido fácil escolher um nome!! Alguns dos melhores, pensados por mim e por quem tava no msn na hora:
creolinaradioativa.blogger
bemdomeutipinho.blogger
mimimimimimimimimi.blogger
ééééééééénah?.blogger
steakholder.blogger
tutetornas.blogger
ousejemenas.blogger
cheirinhodeconfort.blogger
binisebulinando.blogger
temumguaxinimnaminhaperna.blogger
voceeaminhamaionese.blogger
bichapunhetera.blogger

É muita criatividade pra ser desperdiçada em cadeiras ergonomicas sustentáveis com apelo comercial estético formal... pra mulheres que sabem o que querem!