segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mônigrafia

O negócio é o seguinte: os anos 60 foram uma putaria doida nesse esquema de arte! Já tava todo mundo bem doidão nas histórias de sexo, drogas e rock'n'roll e por isso na arte não foi diferente... Sabe como é artista, né? Chegados nesses esquema de loucura e tal...
E na mesma época, aqui nesse BrasilzãolindodemeuDeus, teve a tal da ditadura, AI-5, censura e o caralho a quatro. E os artistas, que eram sempre intelectuais e fodões, ficaram tipo, putos da cara e achando que tinham que fazer alguma coisa pra deixar o povão sabendo das parada. Aí que fizeram cada obra, cara!! Sério! Muito tri! Queimar galinhas, usar sangue, lixo, performances muito doidas fumando maconha, se cortar, se ferir, dar o corpo pela arte e o protesto mesmo! Artur Barrio é meu preferido nesse esquema. O cara é demais! Incrível mesmo!
Só que aí o negócio fico feio de verdade! Censura pegou matando toda a galera e daí os artistas, por mais doidões que fossem, não podiam continuar com essa de protesto tão louco assim. Tava pegando mal e ficando perigoso, sabe? Aí é como se a arte tivesse chegado num beco sem saída! Não dava mais pra radicalizar tanto, mas voltar praquela arte simplesmente decorativa era coisa de bichinha...
Aí que que os cara pensaram? "Vamos escrachar, minha gente!!! Se não dá mais pra ser sério, vamos ser felizes! Vamos mostrar pr'esse povão como o Brasil é divino maravilhoso mesmo com esses bosta nos censurando!!" E eis que Hélio Oiticica começa com um esquema que ficou conhecido como Tropicalismo, tá ligado? Sim! Esse mesmo dos Mutantes e Caetano, sim! Tri, né?
Tipo... não que o negócio fosse alienado dos esquema político, sabe? Pelo contrário! Foi um caminho inverso que os caras usaram pra fazer arte inteligente na época! E o negócio bombo!! Não só nas artes plásticas, mas na música, fotografia, literatura, moda... Geral aderiu ao tropicalismo!
O que o Oiticica queria era um esquema tipo o que o pessoal maroto da Semana de 22 tava querendo também: antropofagia. Comer tudo o que era influência de Europa, Estados Unidos e tal e adaptar à nossa cultura, à nossa realidade. Uma idéia bem bacana mesmo! Tipo uma ode ao Brasil.
E os autores falam tri bem desse movimento! Celso Fovaretto com o 'Alegria, Alegoria' e aquele do 'O Corpo do Caetano Veloso', Silviano Santiago. Eu até quero fazer umas analogias com as críticas do Mario Pedrosa e um apanhado dos textos de artista da Cecilia Cotrim e da Glória Ferreira, sabe? Tem uma base teórica bacana e tal....
E po!!! Deu tri certo, né?? Todo mundo conhece o tropicalismo hoje em dia! Nem que seja só pela música, mas conhece! Os caras são foda mesmo!
E com isso também surgiram novas mídias na produção de arte. Arte postal, video arte, circuitos ideológicos... umas coisas bem doidas!! Até porque, o que é arte, né? É experiência, é participação, é uma loucura... Arthur Danto tava certo naquele esquema de Morte da Arte! E é isso aí né, os caras se puxaram pra fazer alguma coisa diferente e legal!
Enfim... alegria, alegria!
Poderia ser fácil assim escrever monografia.

sábado, 19 de junho de 2010

Esse é meu filho...

Essa é minha filha mais nova...



E essa minha filha mais velha.

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Sempre que pego qualquer livro na biblioteca sempre escolho a edição mais antiga. Gosto do cheiro, do amarelado das folhas e principalmente de imaginar aquelas dezenas ou (dependendo do livro) centenas de pessoas que acompanharam aquela mesma história que eu to prestes a conhecer. É como se elas estivessem no passado, mas um passo a frente de mim, por já saberem tudo o que vai acontecer nesse livro que eu recém tenho em mãos.


Gosto de imaginar quantas pessoas riram das mesmas frases que eu ri, ou choraram nos mesmos trechos em que eu chorei. Ou quantas dessas pessoas desistiram do livro na metade e seguiram suas vidas sem saber o final.


Gosto de pensar onde estão essas pessoas agora. O que estão fazendo. Que livro estão lendo. Será que eu já peguei o livro que agora elas pegaram?


Será que elas gostam de sorvete? Será que uma delas está apaixonada? Será que a pessoa que marcou a página 225 dobrando a pontinha da folha está feliz hoje?


Queria conhecer as pessoas assim, de longe. Saber o que pensam, como vivem, do que gostam, o que odeiam. Quem são. Mas assim; sempre de longe, sempre protegida atrás de um livro empoeirado.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Apresentando: Victory

Não é só de Charlote, Miranda e Samantha que são feitas as minhas amizades.
Victory é ótima! É uma amiga que adoro e companhia ótima pra beber, fumar e falar mal dos outros. Melhor impossível!
Conversando esse final de semana ela me disse:
"Antigamente eu até me arrumava pra sair. Mas hoje em dia, eu é que não vou usar jóias para sair! Vai que eu fique bêbada e dê pra algum desconhecido que roube todas as minhas jóias?"
Chique!