sexta-feira, 6 de junho de 2008

A Mônica criança e a Mônica de agora.

Essa noite, passei tanto tempo pensando que mal consegui dormir (talvez não esteja acostumada com essa atividade (pensar, e não dormir) (dormir eu tiro de letra))!

Fiquei pensando em tudo de bom – ou não tão bom assim – que eu fiz na minha vida, desde que eu lembro dela ter começado até hoje. Queria passar a realizar meus sonhos então pensei em tudo o que eu sonhava pra minha vida quando era criança e o que sonho pra mim hoje: o que continua igual, o que mudou e também por que os sonhos mudam.

Acho que a Mônica criança ficaria decepcionada. Ela tinha bem mais sonhos que a Mônica de agora.

A Mônica criança queria ser astrônoma. Sabia o nome de várias estrelas e constelações, característica dos planetas e sonhava um dia participar de uma viagem espacial. A Mônica de agora só lembra das três marias, não se imagina astrônoma e acha que acabaria vomitando o café da manhã numa viagem dessas.

A Mônica criança (como qualquer outra ‘gulia bobona’) odiava os meninos e não queria casar de jeito nenhum. Filhos, só um (na caso umA, porque ela odeia os meninos) e adotado, já que esse negócio de sementinha e parto devem doer muito!

A Mônica atual já não é tão feminista queimadora de sutiãs assim. Já não odeio os meninos (pelo menos não todos eles) e tenho até um namorado. Num futuro quero casar sim e ter filhos (um adotado continua nos planos) já que dores não me assustam mais muito!

Quando criança eu sonhava em ser escritora, igual o Sidney Sheldon e Agatha Christie. Nunca mais li os livros de nenhum dos dois e o que mais me aproxima do ato de escrever é uma monografia e este blog (decepcionante, heim, pequeno gafanhoto Mônica?)!

Eu achava que a tal da faculdade – algo muito distante que vinha depois de um tal de segundo grau – e no caso, de Letras, encerraria esse martírio de ter que estudar e que depois disso só faria coisas totalmente práticas! Hoje, a faculdade de Design (talvez um lapso nas minhas decisões acadêmicas) é só o comecinho do caminho infinito de estudos e carreira acadêmica que eu sonho pra mim.

O sonho de conhecer o Egito continua! Mas com vários outros lugares agregados...

A Mônica criança ficaria triste de hoje não ser uma bailarina famosa como a Ana Botafogo, mas acho que, pelo menos, ficaria orgulhosa de já ter dançado juntinho com ela, que é realmente tudo o que a Mônica criança e a de agora imaginavam!!! A Mônica de hoje fica satisfeita em dar uma passada no ballet de vez em quando só para manter as bolhas do pé no lugar.

Ainda tenho medo de morrer sem conhecer meu livro, meu filme e minha música preferidos! Mas pelo menos vou diminuindo as chances lendo, vendo e ouvindo o máximo possível! E acredite, criança! Existe muito livro melhor que “O Escaravelho do Diabo”, mas talvez não tantos filmes como o extraordinário, surpreendente, aterrorizante e clássico “Convenção das Bruxas”!

Mas bom... pra não decepcionar a Mônica criança: tenho unhas e cabelos compridos agora! Conseguimos!!!

A Mônica de agora não tem o intuito de mudar o mundo ou virar lenda como tinha a Mônica criança. Não me vejo com poderes, recursos, saúde e tempo ou talento pra isso.

Acho que a Mônica de agora nem tem sonhos mesmo, são objetivos para uma vida simples e o mais feliz possível. Talvez os sonhos tenham ficado com a Mônica criança. Não sei se isso é bom. Nunca quis pensar que sonhos são coisas de criança, muito menos antes de me considerar uma adulta de verdade.

Sem um desses sonhos mirabolantes da criança, agora, meu objetivo é fazer alguém feliz. Independentemente de quem. Cônjuge, amigo, filho... Acho que fazer alguém feliz é o caminho mais curto pra sermos pessoas felizes. E ser feliz o mais feliz possível, este sim, desde quarta, é o meu maior sonho.

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